Gratidão ao autor e meu irmão hilario, conhecer um pouco além do candomblé
𝐎̀𝐫𝐢̀𝐬𝐚̀ 𝐊𝐨́𝐫𝐢
Na mudança para o novo mundo a Religião tradicional Yorùbá (candomblé) perdeu muito da sua essência por vários motivos que não vamos mencionar nesse texto.
Nesse processo foi perdido o conhecimento sobre vários òrìsàs:
Òrúnmìlá, Ina, Ònà, Bayani, Olósà, Òkè, Ợkợ.
Ègbé Òrun, Òpá Osun, Edan, Àjé Saluga, Ìyá mi, Ìyá Mapo, Olugama, Ada, Obàlúfón, Olúfón, Obokún, Ajaká, Òrànmíyàn, Odùdúwà, Yèmowó, etc.
Mas um deles no novo mundo com uma quase total falta de sentimentos fraternos está fazendo muita falta, ela se chama Kóri.
Esse Orisa está ligado ao amor ao próximo e a preocupação com o nosso semelhante.
Kóri é a expressão do amor por aquele com quem não temos parentesco.
Conta a história que Kóri encontrou uma criança abandonada na floresta e criou como se fosse seu filho.
Ela amou, educou e alimento um ser que foi abandonado.
Kóri é feminino e aceita em seu Oṣé o mel, dendê, ekó, akara, alele, galinhas e cabras.
Esse Òrìsà representa o amor materno e deixa claro que a mãe é a pessoa que cria com carinho o seu filho.
Mãe é aquela que educa e participa da criação do jovem deixando em sua criação marcas de um amor incondicional.
Esse texto é uma homenagem a todas as mães.
É uma homenagem a todos os òrìsàs femininos, as nossas mães.
É uma homenagem a mãe de todos aqueles que não tiveram o prazer de ter a mãe carnal ao seu lado, mas que foram abençoados pelos òrìsàs.
Esse texto é uma homenagem a minha mãe que está sempre ao meu lado.
Esse texto é uma homenagem a minha Ìyá Apetebi Ìyánífá Ifakemi, feliz dia das mães.
Oríkì Òrìsà Kóri
1-Kóri nrodo,
2-Òòsà ewe nrodo
3-Kóri o má je k’omo wá ò kú o!
4-Òrìsà èwe, má je kí
5-Orí wá, ò kú o!
6-Olú-òrún o, má pá wa lekun o
7-Òrìsà èwe, má pá wa lekun o
Tradução:
1-Kori a protetora!
2-Orixá que protege os jovens!
3-Kori que as crianças venham e não morram!
4-Orixá dos jovens, não há outro!
5-Cabeça venha, e não morra!
6-Senhora do céu, não mate nosso leopardo
7-Orixá dos jovens, não mate nosso leopardo.
Texto: Oluwo Ifagbaiyin
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